Se até os adultos sentem dificuldade para lidar e expressar suas emoções, imagine os pequenos?
Eles precisam lidar com suas vontades, tristezas e frustrações e, a maneira que eles encontram, em um primeiro momento, para fazer isso pode ser através da birra, o que pode ser motivo de desconforto para os pais, principalmente se for em um local público.
Quando a manha ocorre, muitos pais se desesperam mais que os pequenos com a crise de choro e não sabem lidar com a situação. Por isso, acabam batendo, gritando, invalidando o sentimento do pequeno, ou atendendo suas vontades apenas para acabar com o choro momentâneo.
Assim, os pequenos crescem acreditando que não é permitido expressar seus sentimentos. Ou então, ao ganhar o que ele quer com a birra, ele entende que se fizer isso ele sempre vai conseguir o que quer, o que faz com que as birras virem algo recorrente para o desespero dos adultos.
Por isso, embora seja difícil, nesses momentos os pais devem procurar manter a calma e pensar em como agir.
Ninguém escuta direito na hora da raiva, então explica que você deseja entender o que ele está sentindo, mas que com a birra e o grito você não vai conseguir conversar, o que torna impossível de ajudá-lo.
Se nós não aprendemos quando estamos com raiva, porque os pequenos que ainda estão em formação iriam aprender?
Quando você grita com seu filho em um momento de choro, você ensina a ele que gritando resolve tudo.
Quando você mostra que está disposto a conversar com ele e a ouvir o que ele está sentindo, mas que para isso ele precisa se acalmar, você ensina a educação, a empatia e pode explicar a ele que a birra e o grito não são a melhor forma de ser ouvido e respeitado.
Muitos pais cobram atitudes de crianças que eles não têm enquanto adultos.
Educar com respeito é diferente de mimar o seu filho. É importante impor limites, você não tem e nem deve fazer todas as vontades dele, mas você pode ouvir o que ele sente e o que ele pensa, para assim corrigi-lo no que for necessário.
As crianças crescem e tornam-se pessoas melhores de acordo com aquilo que é repassado para ela durante toda a sua formação.
Por isso, é necessário prepará-la para a vida com inteligência emocional, autocontrole e com qualidades essenciais para viver no coletivo.